Grandes Jogadores do Imaginário Popular I
Jogo entre Bulgária e Itália nas quartas-de-final da Eurocopa de 1996.
Inspirado por algumas fontes, que não vão citar devido minha preguiça de linkar, este blogueiro por meio deste blog resolveu criar a série “Grandes Jogadores do Imaginário Popular”. Uma série contando sobre a vida de grandes craque do maior campeonato de futebol do mundo: o International Superstar Soccer.
Para iniciar essa série de grandes figuras, falarei daquele carequinha simpático, com cara de bonachão, que comandava o meio-campo da Bulgária nos áureo tempos do futebol do leste europeu. Falo de Valdisnaow Kostov, ou somente Kostov, como é conhecido o armador do time búlgaro.
É comum vermos o experiente careca aparecendo como titular nos times do International Soccer Team, e até em comerciais, com o do supositório Dermaculóide, tão consumido no leste europeu. No entanto, o carequinha nem sempre teve uma vida fácil. Há quem imagine que o craque começou a vida jogando bola no futebol búlgaro, mas sua história é bem mais complexa e triste.
Aos 9 anos, Kostov viu seu pai ser devorado por um cachorro albino da Tasmânia em plena Sófia, durante a Guerra da Pipino (abro aqui um Parênteses para comentar essa guerra sangrenta entre Bulgária e Romênia. A Bulgária, maior produtora de Pepinos do mundo na época, resolveu boicotar a venda de Picles da Romênia. A Romênia, insatisfeita, declarou guerra à Bulgária e seu Rei, Geoffreyev. A guerra durou 3 meses, e terminou numa grande pizzada na casa do Rei búlgaro), em 1975. Por isso, o meia carequinha partiu para o Azerbaijão, na época URSS, para tentar uma vida melhor. Chegando lá, trabalhou como vendedor de peixes e barbeiro. Chegou a inventar uma poção infalível para cortar o cabelo sem a necessidade de tesouras, no entanto, acabou não conseguindo vendê-la (Desde lá, Kostov é careca). Com 15 anos, desanimado e vendendo peixe, Kostov resolveu tentar a sorte com outra coisa. Tentou a peteca olímpica, salto com patinete, corrida com ursos e o mais estranho dos esportes: o futebol!
E foi neste, que Kostov se encontrou. Jogando no Babilau Zagreb de Baku, capital do Azerbaijão, Kostov fez sucesso, e aos 17 anos classificou a equipe pela primeira vez à Champions League. O craque, mostrou tanta categoria, que aos 18 anos foi contratado pelo Colônia, da Alemanha, onde jogou até os 23 anos, conquistando o bicampeonato alemão. De muita habilidade, mas poucos gols, Kostov disputou sua primeira Copa International Superstar Soccer aos 24 anos, na famosíssima Copa de 1990, na Bósnia-Herzegovina, levando a Bulgária às quartas-de-final, perdendo somente para a Itália, da jovem revelação Galfano.
Graças ao excelente desempenho, Kostov foi contratado no ano seguinte, com 25 anos, pelo Real Madrid, onde fez o resto de sua carreira de sucesso. De poucos gols, mas muita habilidade, o meia conquistou o coração dos torcedores e cinco Champions League, três Copas Intercontinentais Toyota, e mais seis títulos espanhóis, além de quatro recopas européias, uma Copa da Uefa e cinco Copas do Rei da Espanha. Em 1992, Kostov levou a Bulgária às semifinais da Eurocopa International, chegando como artilheiro, fato raro, da competição (5 gols). No entanto, a seleção não passou da Holanda e amargurou um quarto lugar.
Dois anos depois, na famosíssima Copa da Ch(x)ech(x)ênia, Kostov fez a melhor campanha internacional da História da Bulgária, ao conseguir o vice-campeonato Mundial, perdendo a final para o Brasil de Allejo, por 2 a 1 (um de Allejo e um de Gómez).
Ao lado de Jurenkov, o carequinha levou a Bulgária a feitos inéditos e a ser uma das seleções mais respeitadas do mundo. Na Euro 1996, aos 30 anos, o careca fez sua última competição oficial com a seleção, ao levar a Bulgária às quartas-de-final do torneio realizado na Itália, perdendo para a equipe da casa, do já consagrado Galfano. Em 1997, fez sua despedida oficial da seleção ao vencer os EUA por 5 a 1, inclusive com uma jogada plástica do craque, que deu uma carretilha do meia/zagueiro Marcion.
Foi nesse ano também, que ele venceu seu primeiro prêmio como jogador. O título de melhor do Mundo pela International Superstar Soccer Association. Ele repetiu o feito em 1998, dois anos antes de encerrar sua carreira.
Em 2000, fez seu último jogo oficial na vitória por 3 a 1 do Real Madrid contra o Racing Santander na última rodada do Campeonato Espanhol. Nesse jogo, o craque fez um gol e deu passes magistrais para outros dois.
Hoje, Kostov cria camelos, vacas e bodes em um distrito de Sófia, seu país natal.
Kostov em números:
Jogos: 956
Gols: 250
Times: Babilau Zagreb (AZB); Colônia (ALE); Real Madrid (ESP); Seleção da Bulgária
Títulos: Campeão azerbaijanense (1983); Bi-Campeão alemão (1987/88); seis vezes Campeão Espanhol (1992/93/95/97/98/99); cinco vezes Campeão da Copa do Rei de Espanha (1991/1992/94/97/98); seis vezes Campeão da Supercopa da Espanha (1991/92/94/96/97/98); Campeão da Copa da UEFA (1992); cinco vezes campeão da Champions League (1993/94/96/97/98); tri-campeão Intercontinental (1996/97/98); artilheiro da Eurocopa (1992); três vezes melhor jogador da Europa (1996/97/98); duas vezes melhor jogador do mundo (1997/98);vice-campeão mundial com a Bulgária (1994); Campeão do leste-europeu com a Bulgária (1993); melhor jogador do mundial (1994)
Ficha de Kostov:
Nome: Valdisnaow Kostov Nascimento:13/02/1966, em Sófia-BUL Posição: meia-atacante
6 comentários:
Há alguns erros de digitação como "vendendo peixe" que no caso era "fedendo peixe" e outros..
mas perodem minha ignorância bruta...
Sobre a Copa ISS de 1990, achei esse relato sobre a eletrizante semi-final entre Itália e Holanda:
"Faltando pouco mais de um minuto para o fim da partida, Zappa ganha de cabeça do holandês Koppers no meio do campo e lança Carboni, que espera Galfano passar deslocando a marcação de Groen e acha Coliuto aberto pelo lado direito. O camisa 11 da Azurra deixa van Wijk no chão ao cortar pro meio e bate forte com a canhota no canto direito do gol de van Riet – arqueiro que não havia sofrido mais de um gol por jogo em toda a Copa.
Com a ponta dos dedos, o goleiro flamenco desvia levemente a bola, o suficiente para que ela beije a trave de forma violenta.
Carboni percebe a aproximação de Groen e, em vez de matar o rebote no peito, escora com o ombro e gira sobre si mesmo. Pedala sobre o zagueiro e toca curto de calcanhar para a pancada canhota de Premoli no ângulo direito do goleiro van Riet, num dos gols mais bonitos da competição.
Mesmo sem tempo aparente de reação, a Holanda não engole a derrota por 2x1 depois de ter batido a potente Alemanha de Sieke, Segel, Muller e Wagner numa dramática disputa de pênaltis pelas quartas-de-final.
Logo no recomeço, o meia van Wijk abre espaço na fortíssima marcação de Zappa e, no mesmo movimento, limpa também do meia Passaro. Experimenta, então, de longe, o canto inferior esquerdo da meta de Pagani, que se estica e joga pra escanteio.
O córner cobrado por De Veers pára no peito de Pabi, que sai jogando pela direita com Graziano. O árbitro encerra o prélio antes que o lateral italiano pudesse armar o contra-ataque da Azurra."
A seleção italiana realmente mereceu aquele título. Seria campeã mesmo de enfrentasse o Brasil nas finais - fato que não ocorreu porque Ferreira perdeu a cabeça na semi contra a Romênia, quando foi expulso ao cometer um pênalti.
Que vergonha...
Tive que ser alertado por outras fontes que minha idéia havia sido plagiada...
Lucas, no mínimo, exijo desculpas.
Na verdade, o goleiro da Holanda se chama Groen. E o zagueirão é o Kadijk. Falha minha.
pô! escreve alguma coisa sobre o Oberdan!! não achei nada sobre o Arthur Friedenreich também!
essa juventude está muito mudada...(sic)
vcs curtem iss e champions league? tenho uma comunidade com campeonatos.. ja teve uma edicao, valendo uma camiseta pro vencedor.
em breve começara a 2ª ISS CL.
http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=23457134
da uma olhada ae e fiquem a vontade, até.
Postar um comentário