sábado, novembro 18, 2006

La Tequìada (paite tiêis) - Por onde andei

Provas e entregas de trabalho à parte, a Tequilada começou quando cheguei na faculdade. Piu-piu, nosso atleticano jocense, me faz desconfiar de sua masculinidade quando dispara "uhú, vai bombar, já esgotaram os ingressos masculinos". Diante da minha cara incrédula, ele se corrige: "FEMININOS, desculpa".

Depois, showzinho de Zé Lattaro e Jão Donzello, nossos sertanejos afinadíssimos. Destaque para a minha dramatização de Menino da Porteira (Sérjão Reis é foda).
A coisa toda culminou numa mesa redonda (sem mesa e um tanto quanto disforme) sobre assuntos diversos, com a participação do veterano jodense Márcio (o pinguim do Linux na Pororoca, sabe?)

Reunião macha no hall dos elevadores, esperando a mulherada ficar toda embonecada. Lembrando que, exceto o Donza e seu conjunto de jaqueta e cueca de couro, os hômi tava tudo esculachado.

As meninas foram de ¹táxi (cê sabeee... tava morrendú de saudatchí), e nós passamos numa república de meninas de RTV, pra que o Patrão pegasse a Patroa, pra só então ir até o metrô.

No Paraíso, a biba-mor da sala resolveu que só ia subir de escada rolante, e, visto o comprimento e volume da fila, dividido pela vazão de pessoas, decidimos deixá-lo pra trás com a Patroa.

Já no Anhanhangabaú (eu sempre me confundo pra falar isso, é um disparate esse uso de palavras indígenas com sons bizarros), seguimos (Eu, Rafa, Donz e Luquinhas) para o edifício Joelma. Atravessamos por dentro da garagem da EMURB, chegando à esquina do prédio da festa. Perto da saída que estávamos, o guardinha disse que tínhamos que usar a passarela.

Na porta da balada, reuniãozinha primeiroanista de Jo. Patrão chama a Tatti pra 'fila', pelo celular. Acho o infeliz e fico esperando o resto do povo. A perceber que aquilo não era fila, e que NÃO TINHA fila, decidi entrar, aproveitando a fila indiana jodense composta por Tampítha-amiga da Tampítha-Cris-André Albano.

Cris, Tampítha e sua amiga, devido ao tipo físico mais apto a fluir em meio à multidão, alcançaram o bar primeiro, seguidas de perto por mim e pelo homem-título do troféu André Albano (premia as piores piadas. Uma espécie de pré-requisito para o troféu Rodrigo Ribeiro).

no balcão do bar, o veterano Rafa (da atlética) me saúda com um ‘oi, bixo’ enquanto empunha um copo de breja. Retribuo o cumprimento e dou um passo para o lado, pegando abreja da mão d’AQUELA mina da atlética. Não peguei e nem vou pegar, mas, pôxa, deixa eu ser feliz

Com a cerveja na mão, me vi sozinho. Os jodenses acabaram por se esvair no meio do povo. Confesso que teria chorado, não fosse a cerveja (então) gelada nas mãos. Comecei então a perambular, num trajeto banheiro-pista de dança, sem desconfiar da existência de um piso inferior. Como os outros jocênces estavam por lá, é meio óbvio que não os encontrei.

Em tempo: todos os conhecidos que encontrei nesse momento não pertencem ao primeiro ano curso mais concorrido da Cásper ²(843 candidatos por vaga, oito mil e trezentos reais por mês): Bia Bourroul, Milca Tavares, Maria Teresa Cruz (aka tatu-bola), Ricardo Azedo (o chato que não se aguenta e pede pra ser tacado no mar - devidamente coberto por seu sombrero e sua máscara), o Rafa da AAAAAAA (sei lá quantos são os 'A's, mas são muitos), Ivan Kosmack (irmão da namorada do irmão da minha ex. É difícil entender, droga?), Yuri Buca (canhoto maldito do XV de JoC). E pegava mais uma breja a cada passada pelo bar.

Duas vezes completado o trajeto (em aproximadamente 16horas, resultando na média de velocidade de 3cm por minuto), acho o Patrão, a Patroa e as amigas dela, de RTV. A Patroa resolveu ir até a pista de dança.

1 - pra quê tanto piercing nessas pessoas? Por que essa gente se fura tanto, meu deus?
2 - PORRA, MAS ESSA ***** DE MÚSICA NÃO MUDA NUNCA?
3 - essa juventude usa drogas demais. E tenho dito.
4 - por que raios essas pessoas ficam? Acham que vão encontrar o grande amor numa balada que inutiliza qualquer calçado?
5 - por quê, por quê, POR QUÊ INVENTARAM A MALDITA ESTROBOSCÓPICA?
6 - como assim, "ar condicionado só tem na enfermaria"? Vai dizer que as pessoas gostam desse calor? Tanto quanto gostam DESSA MERDA DE ³PCJMS NO CHÃO, NÉ???

Volto sozinho ao bar, sedento de jocosos. É quando realmente os encontro: Mamá, Karina, Sheìa Maìa Vaiente de Mìanda, Luquinhas, Tatti, Rafa e Donz.

O povo todo decide enfrentar a fila do bai pra pegar mais uma tequila, enquanto o Donza vai ao banheiro e me pede pra esperar. Bem, tinha um sofazinho ali ao lado e eu tava um pouco cansado. Sentei, cutuquei o Luquinhas na muvuca do bar, falei algo com a Kazão. Algo me faz acreditar que o Jão Donzello saiu do mictório nesse meio tempo, já que esperei por mais uns minutos e não o vi. E os jocosos se foram.

Ao menos, tinha descoberto a existência do subsolo, e, com isso, um mundo de sensações, um mundo de vibrações, de coisas maravilhosas (eu tinha que citar Magal no meu texto, dá licença poética?). Na direção da escada, encontro o 1JoD em peso: Mé, Albano, Brunella, amigo do Brunella, Dedé Maquênze, amigo do Dedé Maquênze, Felipe Carlos Tevez Queiroz, Cris, Tampítha e amiga da Tampítha.
As idas cada vez mais constantes ao bar me fizeram encontrar pessoas da minha sala: Tatti, Sheìa, Kazão, Lucas e Rafa, numa escadinha mal iluminada (praticamente um beco). Donz chega logo depois e dispara a seguinte pérola: “Tomiate, eu quero ir à luta, mas não sei fazer sem um comparsa. Vamos?”

À minha resposta afirmativa, seguimos para o bar de cima, procurando alvos no caminho. No balcão, ao chamar o araçatubense de “Dom”, percebo a importância de um apelido forte, másculo e um tanto mafioso: Uma menina virou o pescoço pra procurar meu interlocutor. Não acho, pra sorte dele. Era zuadinha. Mas acabamos chegando ao Patrão, perto do banheiro.

“(...) o Donza vai ao banheiro e me pede pra esperar. Bem, tinha um sofazinho ali ao lado e eu tava um pouco cansado. (...). Algo me faz acreditar que o Jão Donzello saiu do mictório nesse meio tempo, já que esperei por mais uns minutos e não o vi.(...)”

Desci, fiquei à porta da enfermaria, aproveitando um pouco do ar condicionado. Um sujeito pára ao meu lado. Milênios se passaram até que o infeliz me perguntasse se ali era a fila do banheiro e que ah, obrigado, então eu vou procurar outro canto pra mijar porque não vai dar tempo de atravessar a festa.

Albano chega, me dá um copo cheio de cerveja e diz que ta meio travado. Meio travado que já estava, bebi o copo do rapaz e comecei a beber água. Ninguém aqui imagina a diversão que é tacar o lacre de papel alumínio dos copos d’água na orelha dos bombadinhos dançando.

Brunella se aproxima e diz que Felipe Carlos Queiroz está trêbado. Avisa também, mostrando as horas no celular, que tá quase em tempo de começar a Rodrigar “sem preconceito. É lapada na rachada”.

Volto ao JoD. Sono, sono, e me identifico com a Tampítha sentada num cantinho, sem as botas, os olhos quase fechando. Sentei do lado e começamos a cochilar.
Nesse momento, surge Felipe Carlos. Dançando de forma bizonha, com PCJM’s dos pés à cabeça, ele se apóia no meu ombro e diz que gosta de mim. Medo.

Convido André Albano para uma última dose de tequila (minha terceira), vou buscar a bebida (afinal, quando não sou paga-lanche, sou busca-birita) e me atrapalho na hora de virar o copinho. Um pequeno engasgo que faz meu estômago espumar e traz à tona um projeto de gorfo. Cris, preocupada, tenta desesperadamente me ajudar (apesar de eu estar absolutamente lúcido, consciente e equilibrado. Foi só algo da tequila que poderia ter acontecido até na primeira dose) e me aconselha a buscar mais uma água. E, com isso, mais um bombadinho virou alvo.

Encontro Patrão e Patroa no bar de destilados da parte de baixo, em frente à enfermaria. Chega a notícia tragicômica de que o Rafa tava dormindo na salinha de horrores. E era quase hora de ir embora.

Na porta do gorfódromo, do lado de dentro, estava Donz em pé. O interiorano me chama com um aceno e pede pra trocar de lugar, porque ia buscar mais coisinhas alcoólicas. Entro, olho pro Rafa e digo que ele realmente não sabe beber. Ele retruca com uma breve abertura dos olhos.

A veterana Bia Bourroul tava lá dentro, com dois amigos (um homem e uma mulher) ultrapassando o ridículo etílico: o rapaz tava só em observação, mas a moça dormia com a língua encostada no chão coberto por gorfo alheio. A segundojodense diz que não sabe como vai voltar pra casa, pois sua carona era uma moça que estava usando o espaço do carro para fins, digamos, impróprios.

Donz volta ao gorfódromo, eu saio e vu ao banheiro. Na volta, cruzo com o Patrão (no bom sentido), informando que os bebaços estavam saindo.

***

O que aconteceu fora da festa, deixo para Donz, Rafa, Patrão, Patroa, Luquinhas e Brunella comentarem. Cansei de escrever (e já não era sem tempo).


¹HUCK, Angélica - Tratado sobre os meios de transporte da era pós-moderna
²MENEZES, J. Eugênio - Estatuto do fã-clube do Umberto Eco
³PCVC, Gra Pcjb - JUCA - resumidamente, o PCJM é a poeira naturalmente encontrada no chão misturada a todos os fluidos humanos. TODOS.

11 comentários:

Tomiate disse...

Nussa, tá CHEIO de erro. Ainda bem que ninguém vai ler por completo.

(Se alguma boa alma ler, por favor, edite)

Sheyla disse...

Eu li, acredita?

Mas os erros são absolutamente perdoáveis: você leu o meu texto mais de uma vez?
hahaha

Que boa memória, hein, tomatinho?

Lucas "Palmeirense" Mello disse...

HAHAHAHAHAAH
EU LI INTEIRO!
Pô..eu tav apresentável vai..
num era só o Donza....
eu tava..digamos.. simpático!
O Donza é uma figura.. depois do filme "Mamãe Butti", vou lançar, "João Donzello, a história do Rei do Boi Gordo"

Anônimo disse...

num tá tão cheio de erros!

seu relato é muito lado b da balada!

;*

Anônimo disse...

Nossa...mtas coisas. Sim, eu li inteirinho, rindo de cada detalhe que condizia com a minha memoria.
Pra simplificar, vou acentuar os pontos altos do texto [em topicos mesmo]

. A gente se emboneca mas eh por uma boa causa. E vcs gostam, q a gente sabe hahahaha
. Quem eh A [italico] menina da atletica??
. Eu sou um chato, meu deus eu nao me aguento. Soh me tacando no maaaar. JUCA...saudade!
. Vc conhece o Ivan Kosmack?? Eita mundo pequeno. Ele fez Bijú comigo ano passado
. Eu SABIA q o Donzelo nao era inocente nessa historia toda. Ele nao podia sumir tanto soh pra pegar breja!!
. O Bruno estava retardado de engraçado. Quase morri de rir com ele
. Queria ter viso o mano todo sujo de PCJM's [apesar de achar q esse nao eh o significado exato pra palavra, mas enfim]
. Eu nao fiquei nada bebada. Alternava as 4 tequilas apenas q bebi com copos de breja pra tentar aliviar o calor dos infernos. Fui ficar bebada no carro, pegando carona de volta com os veteranos, mto mais locos do q eu hahahaha

Enfim. Ficou grande, mas condiz com o tamanho do post.

Lucas "Palmeirense" Mello disse...

"A Menina da Atlética" é A MENINA DA ATLÉTICA...num tem explicações.. ela viu a aula d eAntropo na nossa sala esses dias..
MEU DEUS!

Rodrigo disse...

Porque essas pessoas escrevem tanto, deus?
PORRA, VAI FAZER JORNALISMO!
Em breve uma análise séria dos acontecimentos. E graças à princesa, vou ter que contar mais sobre o suicídio do filho da forrozera.
Tudo bem. Também conto sobre a noite (o fim dela).

Karina Tambellini disse...

Li até o fim pra constar que: Tomiate, você é uma bicha mesmo!

Ficar a balada toda acompanhando o Donzelo pegar cabrita? Que fim de carreira!

Enfim, sendo verídico ou não, confesso que o relato foi deveras divertoso! hahaha

ps: o JoD todo sujo de PCJM´S tava foda! não consigo não rir quando lembro da cena.

Bruno disse...

Meu amigo, vulgo Gustavo Borges da 9 de Julho?

Eu li esse treco inteiro. Depois eu repasso mais informações sobre o que aconteceu com A Indomada (vulgo Felipe Carlos Bambi Tevez).

Anônimo disse...

Eu também li... e os dois comentários que mais merecem destaque são:
Estuatuto do fã clube do Umberto Eco e............................

O melhor "Li até o fim pra constar que: Tomiate, você é uma bicha mesmo!

Ficar a balada toda acompanhando o Donzelo pegar cabrita? Que fim de carreira!"

Kazão mandou muito bem nesse comentário.

Tomiate disse...

Vocês realmente acham que o Donzello bêbado pegou alguma cabrita?

Como o rapaz é superestimado...